EXCLUSIVO: Diretor Geral da Brunswick conta sobre a nova fase do grupo no Brasil

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A Brunswick Boat Group anunciou nesta quinta-feira, 23 de março, o encerramento das atividades na fabricação de lanchas Sea Ray e Bayliner em sua unidade em Joinville, Santa Catarina. Isto é devido ao enfraquecimento no mercado brasileiro em geral, que consequentemente afeta o mercado náutico.

 

No entanto, isso não significa que o grupo sairá do mercado brasileiro. Em conversa com a Boat Shopping, o Diretor Geral da Brunswick Boat Group Reinaldo Maykot esclareceu que a interrupção da manufatura é apenas uma mudança de estratégia na forma de trabalhar com mercado nacional.

 

 

“A operação de manufatura pela escala que o mercado brasileiro atingiu com a recessões de 2016 e 2015, levou os níveis de fabricação para um volume muito abaixo do que é o necessário para tornar essa operação de fabricação viável”, explica Maykot.

 

Ele ainda explica que esta decisão não afeta os proprietários de lanchas Bayliner e Sea Ray, já que os serviços de suporte técnico e toda a estrutura de pós-venda será mantida.

 

“Nós temos mais de 400 barcos vendidos aqui, no período que a gente operou com a fábrica, e mais toda a história da Brunswick no passado. A gente vai honrar todos os compromissos, mantendo a estrutura de serviço, garantindo que os clientes vão estar satisfeitos, que eles vão ter o pós-venda adequado”.

 

Nova fase da Brunswick no Brasil

A Brunswick inicia uma nova fase, com novas estratégias comerciais. Reinaldo explica que o grupo adotará novos formatos de negócio. “Toda nossa estratégia comercial continua válida, a gente só precisa adaptá-la para o fato de não ter mais o barco sendo produzido no Brasil”.

 

Ele ainda apresenta uma série de possibilidades de comercialização, que envolvem exportar barcos das fábricas no México, nos Estados Unidos ou na Polônia, seja trazendo-os prontos ou desmontados.

 

Quando questionado sobre o custo das importações, Maykot esclarece que que eles estão avaliando vários modelos de negócio e que uma das alternativas é para não subir o custo dos barcos é a importação sem motor e uma estrutura de montagem de de motor local.

 

“Nós temos modelos que estão sendo desenvolvidos lá fora que tem um nível de competitividade bastante alto e os nossos custos de fabricação no México, por exemplo, talvez nos permita importar barcos e eles chegarem aqui no Brasil com preços ainda competitivos”.

 

Ele acrescenta que seria precipitado dizer que os barcos vão necessariamente ficar mais caros, porque isso irá depender da estratégia que eles adotarem daqui para frente.

 

Participação em eventos

A Brunswick continuará participando dos salões náuticos que acontecem em São Paulo, no Rio de Janeiro e em outras regiões do país, se mostrando presente e ativa no mercado nacional.

 

Reynaldo ressalta que o anúncio foi feito nesse momento, em que o grupo tem participação confirmada em alguns salões náuticos, para manter a “transparência total com o mercado”.

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