Começou a Volvo Ocean Race 2017-18

Volvo Ocean Race começou

Objeto de desejo dos principais velejadores do mundo, a Volvo Ocean Race começou a ser disputada neste domingo (22) com sete barcos. Competição é apontada como uma das maiores da vela ao lado de Olimpíada e America’s Cup

 

A Volvo Ocean Race, o desafio mais difícil de uma equipe esportiva profissional, começou neste domingo (22) em Alicante, na Espanha, com a presença de mais de 70 velejadores distribuídos em sete equipes. A batalha pelos mares do planeta dura oito meses e os veleiros devem percorrer mais de 73 mil quilômetros para buscar o título.

 

E o sonho de ser campeão é o mesmo para todos os comandantes. Na sexta-feira (20), os principais representantes das equipes concederam entrevista coletiva para a mídia internacional no Museu da Volvo Ocean Race, em Alicante, local da largada.

 

Os espanhóis do MAPFRE, após vitórias nas regatas-treino e na In-Port Race espanhola são apontados como os principais favoritos ao título pelos especialistas. O campeão olímpico Xabi Fernández evitou o clima de já ganhou.

 

“Não somos os grandes favoritos. Não falamos disso aqui, mas percebemos que as pessoas pensam assim. O que posso dizer é que estamos prontos”, disse Xabi Fernández. “Chegamos perto antes, mas o título não veio. Sabemos como é difícil e longa essa regata”.

 

Vice-campeão da temporada 2014-15, o Team Brunel do holandês Bouwe Bekking investiu pesado pra vencer. O maior nome da tripulação será Peter Burling, que foi ouro na Rio 2016 e responsável por levar de volta à Nova Zelândia a America’s Cup.

 

“Todos queremos ganhar. Temos muitas chances com a chegada do ‘golden boy’ e de outros nomes. Essa nova safra de velejadores da America’s Cup está vindo para a Volta ao Mundo com uma visão diferente da gente da velha guarda. Eles têm intensidade, empolgação e desempenho”, falou Bouwe Bekking.

 

Mais uma equipe que se repete em 2017-18 é o Dongfeng Race Team, do francês Charles Caudrelier. O velejador lidera a campanha chinesa e sonha em ser campeão novamente, agora como comandante. Em 2011-12, o francês foi integrante do Groupama.

 

“Qual a diferença entre fazer a regata como membro da equipe e comandante? Muita. A gente nunca para e a pressão também. Mas eu tenho uma equipe forte ao meu redor, então acho que sou um skipper de sorte”.

 

Primeira equipe confirmada nessa edição, o team AkzoNobel tem os dois brasileiros na regata: Martine Grael e Joca Signorini. Mesmo com mais tempo de preparação, a tripulação sofreu uma baixa com a saída de seu comandante na véspera da In-Port Race de Alicante, no sábado (14). Para seu lugar foi achada uma solução interna: o experiente Brad Jackson.

 

“Estamos nos concentrando na prova, basicamente temos a mesma tripulação que tínhamos antes, exceto o Simeon (Tienpont). Nunca foi meu sonho ser o comandante, não é algo que eu sinto a necessidade de ser, mas a situação surgiu e eu estou feliz”, disse Brad Jackson.

 

O norte-americano Charlie Enright volta a comandar uma equipe depois de estrear em 2014-15. Ele lidera o Vestas 11th Hour Racing, muito mais experiente agora e com a mesma pegada de antes.

 

“Mostramos muita evolução na última edição. Fomos do início em Alicante até o final em Gotemburgo subindo de produção. Queremos manter essa trajetória. Ganhamos a última etapa da última perna de 2015 e queremos fazer o mesmo aqui”.

 

O primeiro barco de bandeira portuguesa na história é o Turn the Tide on Plastic. A britânica Dee Caffari comanda um barco com foco ambiental e na renovação dos velejadores.

 

“Todo mundo fala sobre Turn the Tide on Plastic como uma equipe inexperiente. Muitos deles a bordo são iniciantes, mas são ótimos velejadores, podendo fazer um barco rápido. Nosso objetivo é criar uma oportunidade para jovens na Volvo Ocean Race, além da mensagem de sustentabilidade”.

 

Hong Kong terá o Team Sun Hung Kai / Scallywag na regata. O comandante David Witt terá uma equipe formada por velejadores de vários países – fato semelhante à maioria dos times – para liderar.

 

“É o melhor esporte em equipe do mundo. Estou aqui porque tive uma boa oferta e não consegui encontrar uma maneira melhor de perder peso”, brincou. “Como eu disse, sou um fanático pela vela, mas acho que somos um grupo de loucos”.

 

Volvo Ocean Race

Comentários

Comentários