Ubatuba Sailing Festiva
Não é de hoje que o bom clima do municipio de Ubatuba, aliado da disposição do UIC e a energia entusiasmante dos velejadores que o Festival de Vela de Ubatuba faz sucesso. Neste ano não foi diferente, com 34 embarcações quase 180 tripulantes incalculáveis quilos de macarrão, carne de churrasco e litros de chop, o festival mostrou o seu potencial.
Ano após ano crescendo, o evento que foi celebrado neste feriado de Corpus Cristi contou com uma disputadíssima regata de percurso volta a Ilha Vitória para as classes ORC, IRC RGS/A/B e Volta a Ilha Anchieta para as classes RGS-C e Bico de Proa. Depois do tradicional través de vai e volta da Vitória por Boreste rolaram dois dias de barla sota com alto nível.
Como novidades teve um super bate-papo com o megacampeão e ídolo nacional do esporte brasileiro Torben Grael, que contou como começou sua carreira na vela, o projeto Brasil 1 e Ericsson, além das campanhas na Americas Cup e as histórias por trás das 5 medalhas olímpicas. Contou suas ambições quando jovem e como hoje em dia o esporte tem mudado levando milhões de jovens a competir pensando no sonho das argolas coloridas.
A tradicional canoa de cerveja foi substituída por 400 litros do geladíssimo Chop Germânia. Churrasco com direito a costela que ficou durante 10 horas em processo de preparação. Uma organização divertidíssima e reencontro com os amigos.
O antigo Circuito Ubatuba que apenas engatinhava há 7 anos atrás hoje se transformou, robusto e com bala na agulha é de dar inveja em muitos campeonatos de clubes grandes por aí. O Ubatuba Iate Clube tem investido incessantemente em desenvolver a cultura náutica local, trazer infraestrutura para o associado e claro fazer um evento de vela de qualidade. O diferencial? O espírito de promover um evento que seja divertido para o velejador, uma raia com nível técnico internacional fotos e inscrição acessíveis mas mais que nada espirito de amizade e fraternidade entre os velejadores.
Arquirrivais nas águas da RGS-A, Julio Cechetto, comodoro do UIC e comandante do Monte Cristo e Alain Simon diretor de vela e comandante do gigante verde Sessentão, uniram forças, deixaram as diferenças de lado e trabalharam duro nestes últimos 7 anos para promover o clube. A equipe que estes caras conta ao seu lado é forte, e quando necessário fazem o impossível para que as coisas aconteçam. Há anos não se via uma camiseta nos kits dos participantes feita em Dry-fit. Boa alimentação para participantes e funcionários, receptividade que é espelhada nos olhos do porteiro ao receber todos os convidados e que reflete com carinho da Dona Lindaura ao fazer a comida para os quase 200 marmajos.
A vela no Brasil pouco a pouco tem perdido este espírito, a sangue do negócio trouxe a competitividade de forma bruta e a fraternidade e o espaço de risadas entre os velejadores foi deixada de lado.
Torben Grael participou em clima de família com seu clássico azul Lady-Lou, reconhecível à distância das linhas clássicas, casco escuro e convés branco foi uma das grandes atrações do evento ao vencer na classe RGS o título de campeão.
Lado-a-lado nas regatas também esteve o veleiro santista Rudá na classe ORC. Em primeiro na Bico de Proa, o tradicional de Ilhabela H2Orça e na RGS Silver o Cambada.
Por: Marcos Méndez
