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África além dos safáris: 22 atrações que merecem atenção

Há quem (ainda) pense que as únicas opções de turismo na África têm a ver com safáris e animais selvagens. Mas os países que definem a identidade africana (que é bem diversa) são muito mais do que isso – e podem surpreender qualquer visitante.

Um exemplo de como o senso comum pode trazer uma visão preconceituosa sobre o continente é dado no discurso que a escritora nigeriana Chimammanda Ngozi Adichie fez durante o TED 2013. No evento, ela relata o choque de sua colega de quarto da Universidade de Yale ao descobrir que ela fala inglês fluentemente e conhece músicas de cantores dos Estados Unidos. Afinal de contas, há muito mais por aqui.

Em 2015, a estudante Diana Salah, que nasceu na Somália, criou uma hashtag que bombou no Twitter: #TheAfricaTheMediaNeverShowsYou (em português, a África que a mídia nunca mostra). Basta fazer uma busca no Instagram pela tag para se deparar com imagens do continente que quebram com essas ideias preconceituosas.

Te convidamos a despir-se dos preconceitos e mergulhar em um universo repleto de cenários paradisíacos da África:

Luanda, Angola

1. Luanda, Angola - boat shopping África
Vista geral da baía da Luanda, capital da Angola (Ademar Rangel/iStock)

A capital angolana é considerada o principal porto e pólo econômico do país. Fundada por portugueses, a cidade foi dominada por holandeses entre 1641 e 1648 e possui uma identidade mista. Palco de conflitos impulsionados pela guerra civil, a cidade tornou-se pacífica em 2002 e desde então tem fortalecido cada vez mais seus ares modernos e cosmopolitas. Suas atrações incluem bons museus, igrejas e shoppings.

Monte Kilimanjaro, Tanzânia

2. Monte Kilimanjaro, Tanzânia - boat shopping África
Imponente, o monte Kilimanjaro domina a paisagem do parque nacional na Tanzânia (1001slide/iStock)

Considerado como o ponto mais alto da África, o monte localiza-se na fronteira da Tanzânia com o Quênia e estende-se por uma altura de mais de 5800 metros.

O cenário único, com um pico nevado em meio à savana africana, bem como as florestas que o cercam, que totalizam mais de 75 mil hectares, atraem turistas aventureiros em busca dos riscos de trilhas e escaladas ao topo.

A caminhada pode levar dias – não é à toa, aliás, que a montanha acumula histórias de acidentes e até de superação. O parque nacional da região, rico em biodiversidade, foi tombado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1987.

Igrejas Escavadas de Lalibela, Etiópia

3. Igrejas Escavadas de Lalibela, Etiópia - boat shopping África

Essa pequena cidade na Etiópia é marcada por suas igrejas monolíticas datadas do século 12 e esculpidas em rochas por ordem do Rei Lalibela, como uma réplica das construções encontradas em Jerusalém.

Naquela época, a cidade sagrada – que hoje fica em Israel – era tomada por árabes e completamente restrita à visita de cristãos. Dessa forma, as pequenas igrejas foram erguidas no país africano com o intuito de reproduzir o mesmo efeito que Jerusalém tinha sobre seus fiéis.

Igrejas escavadas como a de Saint George (foto), situadas a 640 quilômetros da capital Adis Abeba, constituem um conjunto listado como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.

Falésias de Bandiagara, Mali

4. Falésias de Bandiagara, Mali - boat shopping África

Muito mais do que um lugar cercado por desertos e um calor escaldante, Mali tem vilarejos e cenários muito propensos ao turismo de aventura. É preciso, no entanto, ter um pouco de cautela ao se arriscar por aqui, pois o lugar é perigoso e acumula histórias de violência.

Ainda assim, lugares como as Falésias de Bandiagara merecem uma visita. Erguidas em meio as extensas paredes de rocha pelos povos Tellem, que habitaram a região desde 3000 a.C., essas pequenas construções de argila e palha protegiam os moradores de invasões.

Tudo isso mudou por volta do século 16, quando os povos Dogon renderam os Tellem durante a expansão do Império Mali e se instalaram por ali. Hoje, as falésias (e as construções incrustadas na rocha) são tombadas como Patrimônio Mundial da Unesco.

Alameda dos Baobás, Madagascar

5. Alameda dos Baobás, Madagascar - boat shopping África

Localizada na costa oeste da ilha, essa gigantesca árvore, que pode chegar a até 30 metros de altura, forma um dos cenários mais famosos do continente africano. Popularmente conhecidas como “Mães da Floresta”, os baobás de Madagascar representam a diversidade biológica e a riqueza natural do país, onde mais de 80% das plantas locais são endêmicas e só podem ser encontradas por aqui.

Cada tronco pode armazenar até 120 mil litros de água. Todos esses encantos chamam a atenção para a importância de preservá-las, visto que essas espécies encontram-se ameaçadas de extinção.

Seychelles

6. Seychelles - boat shopping África

O impacto provocado pelas águas cristalinas desse país, formado por um conjunto de 115 ilhas do Oceano Índico, tem uma razão de ser. Aqui, a nação preza pelo turismo sustentável e mantém áreas de preservação, com um controle rigoroso na quantidade de visitantes. Por aqui, é possível encontrar 75 espécies vegetais endêmicas, e animais raros, como o periquito-das-seychelles e o crocodilo de água salgada.

Paisagem Cultural de Sukur, Nigéria

7. Paisagem Cultural de Sukur, Nigéria - boa shopping
(Setfan Cramer/Wikimedia Commons)

Listados como Patrimônio Mundial da Unesco desde 1999, esses cenários da pequena Sukur, os primeiros a serem tombados pela instituição no continente africano, são formados no topo de uma colina das Montanhas de Mandara e caracterizam-se por seus símbolos sagrados e rochas milenares. Aqui, é possível encontrar o complexo do Palácio de Hidi, antigos chefes dos povos que habitavam o local, pequenos vilarejos e terraços naturais em perfeito estado de conservação.

Ilhas Maurício

8. Ilhas Maurício - boat shopping
(extremetravel/iStock)

Localizadas no sudoeste do continente africano, a quatro horas da cidade de Johanesburgo, esse conjunto de ilhas são popularmente conhecidas como a “Pérola do Índico” graças às suas águas de uma coloração intensa de azul-turquesa.

A cultura diversificada, formada pela influência de africanos, indianos, muçulmanos e europeus, bem como suas montanhas vulcânicas e atrações econômicas, tornaram o lugar como um destinos favoritos de casais em lua-de-mel que passam pelo continente.

Parque Nacional de Vulcões, Ruanda

9. Parque Nacional de Vulcões, Ruanda - boat shopping
(Carine06/creative commons/Flickr)

Na fronteira com o Parque Nacional de Virunga, no Congo, e com o Parque Nacional Mgahinga, em Uganda, esse lugar abriga oito vulcões das Montanhas Viruga e tem uma parte de seu território coberto por florestas e pelas plantações de bambu.

O que chama a atenção aqui é a população de gorilas ameaçados de extinção, que se escondem pelo território. Para conseguir avistá-los, é preciso reservar a visita, restrita a apenas 32 licenças por dia, com bastante antecedência. O tempo com eles também é curto: apenas uma hora de visita.

Maputo, Moçambique

10. Maputo, Moçambique - boat shopping
(Luis-m-Leonardo/iStock)

Prédios e arranha-céus à beira do mar marcam o cenário de Maputo, capital e principal centro financeiro do país. Descoberta pelo império português, a cidade só viria a tornar-se independente de Portugal em 1975.

Muitos que visitam a capital notam uma certa semelhança com os hábitos dos brasileiros, que vão desde a língua oficial, o português, até elementos da culinária, que inclui pimenta e farinha. Por aqui, vale a pena visitar suas feirinhas de artesanato e tomar uma cerveja gelada em um dos muitos bares que a cidade oferece.

Ilha Ngor, Senegal

11. Ilha Ngor, Senegal - boat shopping
(attawayjl/creative commons/Flickr)

Com uma população de pouco mais de 17 mil habitantes, essa pequena vila de Dakar, capital do Senegal, atrai turistas graças às suas águas propensas à prática de surf. O complexo hoteleiro da região é conhecido pelo bom atendimento e pela cordialidade com os visitantes.

Garden Route, África do Sul

12. Garden Route, África do Sul - boat shopping
(michael_mayer/creative commons/Flickr)

Partindo da Cidade do Cabo, o percurso de 200 quilômetros passa pela cidade portuária de Mossel Bay e segue até o vilarejo de Storms River. No caminho, é possível avistar lagos, colinas, florestas e praias.

Além dos passeios ideais para turistas em busca de aventura, como caminhadas longas e intensas, a região também possui construções interessantes, feirinhas de artesanato e até campos de golfe.

Cordilheira de Drakensberg, Lesoto

13. Cordilheira de Drakensberg, Lesoto - boat shopping
(hllewellyn/creative commons/Flickr)

Montanhas, colinas e um belo parque nacional homônimo tombado pela Unesco estão no caminho de quem passa por essa cordilheira, com mais de mil quilômetros de extensão.

É aqui que fica o monte Thabana Ntlenyana, o ponto mais elevado do complexo e que totaliza mais de 3 mil metros de altitude. A vista que se tem do lugar são dignas de cinema.

Cango Caves, África do Sul

14. Cango Caves, África do Sul - boat shopping

No caminho da região do Cabo Ocidental, uma formação cavernosa de calcários do período pré-cambriano estende-se por cerca de cinco quilômetros. No entanto, apenas um quarto desse percurso é aberto aos visitantes, que precisam do auxílio de guias bem preparados para percorrer seus túneis. A caverna, descoberta em 1930, é a mais famosa da África do Sul.

Casa dos Escravos, Dakar, Senegal

15. Casa dos Escravos, Dakar, Senegal - boat shopping
(Amaury Laporte/creative commons/Flickr)

Construído pelos holandeses no final do século 19, esse edifício da Ilha de Goré serviu como um posto de tráfico de escravos durante o auge da escravidão no continente.

A localização estratégica da casa, à beira de um mar de águas profundas, tinha uma razão de ser: qualquer prisioneiro que se sujeitasse a tentar uma fuga morria afogado como punição.

Enquanto isso, muitos deles, que eram mantidos em cativeiro enquanto esperavam por sua venda, acorrentados pelos braços e pelo pescoço, acabavam morrendo por maus tratos e doenças. A construção faz parte do conjunto histórico da ilha, tombado como Patrimônio Mundial da Unesco em 1978, e virou um museu.

Cascatas de Ouzoud, Marrocos

16. Cascatas de Ouzoud, Marrocos - boat shopping
(Thomas Woodtli/creative commons/Flickr)

A região montanhosa do Marrocos, que marca a transição entre o Médio e o Alto Atlas, são o lar de quedas d’água de 110 metros de altura. O nome tem uma explicação interessante: ouzoud, na língua berbere, quer dizer azeitona, fruto marcante na região, que é completamente cercada por oliveiras. O acesso ao lugar pode ser feito a partir de Marrakesh, cidade que fica a 150 km de distância.

Victoria Falls (Cataratas de Vitória), Zâmbia

17. Victoria Falls (Cataratas de Vitória), Zâmbia - boat shopping
(Jacynthroode/iStock)

Com 128 metros de altura e 1,5 quilômetros de largura, as cataratas ficaram popularmente conhecidas entre os povos nativos como “fumaça que troveja” graças à neblina provocada por suas águas e ao barulho intenso que vem do impacto de suas quedas.

“Descobertas” pelo explorador escocês David Livingstone em 1885, que as batizou como uma homenagem à Rainha Vitória, elas ficam localizadas dentro no complexo do parque nacional homônimo, tombado pela Unesco.

Blyde River Canyon, África do Sul

18. Blyde River Canyon, África do Sul - boat shopping
(Chris Eason/creative commons/Flickr)

Localizado na província de Mpumalanga, fundada em 1994 na África do Sul, esse cânion, considerado como o terceiro maior do país, possui uma área de 29 mil hectares e atravessa a Cordilheira de Drakensberg.

Montanhas altas e muitas vezes cobertas por névoa revelam quedas d’água de 800 metros de altura e mirantes como o Gods Window. Suas trilhas são convidativas a caminhadas e permitem com que o visitante aviste alguns animais típicos da região, como antílopes, cervos e javalis.

Cidade histórica de Lamu, Quênia

19. Cidade histórica de Lamu, Quênia - boat shopping
(Erik Hersman/Wikimedia Commons)

Tombada como Patrimônio Mundial da Unesco desde 2001, a cidade histórica queniana é a mais preservada da África Oriental. Suas construções foram erguidas com pedras de coral e madeira e, até hoje, encontram-se em perfeito estado de conservação. O lugar também é palco de festivais e eventos muçulmanos que atraem turistas e pesquisadores.

Catedral de Asmara, Eritreia

20. Catedral de Asmara, Eritreia - boat shopping
(David Stanley/creative commons/Flickr)

Localizada do centro da cidade de Asmara, essa igreja católica foi erguida no estilo arquitetônico romanesco, demorou seis anos pra ser construída e foi inaugurada em 1922.

Batizada como St. Josephs Cathedral, ela possui uma torre de 52 metros de altura, que oferece uma visão privilegiada das construções de art déco da cidade, e abriga uma escola, um mosteiro e um convento.

Fish River Canyon, Namíbia

21. Fish River Canyon, Namíbia - boat shopping
(Thinkstock/Thinkstock)

O segundo maior cânion do planeta (só não é maior do que o Grand Canyon, nos Estados Unidos) fica no sul da Namíbia, país que faz fronteira a noroeste com a África do Sul.

Ao contrário do que acontece com o seu similar nos EUA, o cânion africano não recebe tantos turistas e será bem provável de que você seja o único ser humano a vislumbrar por momentos a grandiosidade da paisagem com suas formações rochosas.

Forte Jesus de Mombaça, Quênia

22. Forte Jesus de Mombaça, Quênia - boat shopping

Patrimônio Mundial da Unesco desde 2011, o Forte Jesus é considerado uma das atrações históricas mais interessantes do Quênia. Erguido entre os séculos 16 e 17, o forte foi construído com o objetivo de defender a região, tomada pelas rotas militares portuguesas, das invasões e dos ataques dos povos turcos otomanos. Ao longo dos séculos, a edificação passou por diversas restaurações, todas elas com o objetivo de preservar a arquitetura original.

Fonte: Viagem e Turismo

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