Brasileiras dominam primeiras regatas do Mundial de Snipe Feminino 2021

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Caio Souza | On Board Sports

O Mundial de Snipe Feminino 2021 teve início nesta quarta-feira (6), no Yacht Club Paulista, em São Paulo (SP), com 42 duplas participantes de sete países: Alemanha, Argentina, Brasil, Chile, Croácia, Estados Unidos e Noruega. É a 14ª edição do evento internacional, e a primeira vez que a versão exclusiva só para mulheres é realizada no país.

O primeiro tiro de largada ocorreu às 14h com uma regata barla-sota, com quatro pernas. O vento variou de 8 a 12 nós e direção Sul na Represa do Guarapiranga. Já na segunda do dia, o tempo virou, com a queda de quase 15 graus de temperatura.

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Caio Souza | On Board Sports

A competição de Snipe é liderada pela baiana Juliana Duque (YCB), campeã mundial de 2016. A velejadora, que faz dupla com a conterrânea Mila Beckerath, ficou em segundo lugar nas duas regatas do campeonato, e tem 4 pontos perdidos. Na sequência aparecem a gaúcha Martha Rocha e catarinense Larissa Juk (ICSC/MB), com 7 pontos perdidos.

”Foi uma média boa com dois segundos lugares! A Guarapiranga é uma raia bem difícil. Hoje deu mais vento e foi mais sofrido, mas foi legal”, comemorou Juliana Duque. ”O resultado foi um pouco parecido com de 2016 na Itália quando a gente também começou bem, com ótimos resultados no primeiro dia. É um bom sinal, mas agora precisamos manter a mesma média”.

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Will Carrara

A regata de estreia do Mundial de Snipe foi vencida pela dupla de Ilhabela (SP) formada por Anna Júlia Tenório e Débora Bergamini. As baianas Juliana Duque e Mila Beckerath ficaram na segunda posição, seguidas pelo barco da croata Andela Viturri e da norueguesa Maj Kristin Borgen.

Em julho, a velejadora paulista Anna Júlia Tenório integrou o barco +Bravíssimo, campeão da Semana Internacional de Vela de Ilhabela. Sua parceira, Débora Bergamini, é novata também na classe e veleja há menos de dois anos.

”Estava bem ansiosa e nervosa, mas muito feliz de estar aqui, no meu primeiro mundial e representando Ilhabela. A todo momento ficamos com o coração a mil”, disse Anna Júlia Tenório. ”Eu desde que sai do Optimist venho correndo de monotipos e oceano, estou acostumada com isso”.

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A segunda regata do dia do Mundial de Snipe teve as mesmas protagonistas, com Martha Rocha e Larissa Juk se recuperando do sexto lugar da prova de estreia. As duas lideravam na regata inicial e foram ultrapassadas na perna final de popa. Na segunda não deram chances e cruzaram em primeiro.

”Eu velejei muito tempo de Snipe, de 2007 a 2014, fazia a proa para diversas timoneiras. Então é legal estar resgatando essa classe que eu velejava, mas é gostoso porque são barcos que velejam muito perto uns dos outros. Conta muito a tática, muito o posicionamento de regata. É muito legal competir”, explicou Larissa Juk, que fez campanha olímpica de Match Race em Londres 2012.

As provas do Mundial de Snipe Feminino retornam nesta quinta-feira (7) , a partir de 13h, com previsão de mais duas regatas oficiais. A principal competição da categoria exclusiva para mulheres será realizada até o próximo sábado (9).

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Will Carrara

”O mais importante desse evento é a diversão das meninas na raia. Muitas estão se reencontrando depois de décadas, como as atletas olímpicas Cláudia Swan e Monica Scheel (470 em Barcelona 92). O nível técnico é muito alto e vamos aproveitar bastante esse momento”, disse Paola Prada, organizadora do Mundial de Snipe Feminino 2021.

O Snipe é uma das classes mais tradicionais da Vela. As mulheres do Brasil já conquistaram o mundial da modalidade, com as baianas Juliana Duque e Amanda Sento Sè na edição de 2016, em Bracciano, na Itália.

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