Campeão em Florianópolis, velejador olímpico André Fonseca enaltece força da Classe C30

Bochecha à procura de vento (Aline Bassi Balaio de Ideias) - boat shopping

Representar o Brasil em três edições dos Jogos Olímpicos e competir três vezes na Volvo Ocean Race, principal regata volta ao mundo do planeta, fazem do catarinense André Fonseca, o Bochecha, de 42 anos, um velejador completo. A experiência obtida nos sete mares fez a diferença no 31º Circuito Oceânico de Santa Catarina, em que contribuiu de forma direta para levar o Caballo Loco, de Ilhabela, a um título inédito na competitiva Classe C30.

A bordo do Caballo Loco (dir.) (Aline Bassi Balaio de Ideias) - boat shopping

Às vésperas das regatas disputadas em fevereiro, em Florianópolis, o comandante do Caballo Loco, Mauro Dottori, convidou Bochecha para a vaga do timoneiro Tommy Sumner. O velejador dividiu a função de tático com George Nehm, o Dodão, enquanto coube a Dottori a árdua tarefa de assumir o leme da embarcação nas raias de Jurerê, sede oceânica do Veleiros da Ilha.

Bochecha à procura de vento (Aline Bassi Balaio de Ideias) - boat shopping

Com sete tripulações muito bem treinadas, a C30 se estabeleceu como a classe one design mais numerosa da competição. “Conseguimos deixar o barco rápido nas regatas barla-sotas e também na prova de percurso. Em uma classe tão parelha, acertar a regulagem das velas para extrair máxima velocidade do barco, faz toda a diferença. Para quem não estava acostumado com a função, o Mauro se virou muito bem no leme”, elogiou Bochecha.

Vencedor em Santa Catarina (Fábio Aranda Veleiros da Ilha) - boat shopping

Para chegar ao título, a tripulação do Caballo Loco superou equipes como a do Kaikias Maserati, também de Ilhabela, atual campeão brasileiro da Classe C30, o tetracampeão nacional Loyalty, de Porto Alegre, com o tático Fábio Pillar, o Cachopa, além da força da flotilha catarinense formada por Zeus Team, Katana Portobello, Corta Vento e Le Terrible. A competição ainda foi válida pela primeira etapa do Campeonato Brasileiro de C30.

Caballo Loco em Florianópolis (Fábio Aranda Veleiros da Ilha) - boat shopping

“O Circuito de Santa Catarina foi um belo gol da C30. Estivemos perto do número máximo de barcos (nove). A entrada do Frederico (Le Terrible) motivou a classe. Apesar das trocas recentes de comandantes a C30 manteve sua força. Neste ano, sem o horário de verão, o vento entrou mais cedo e as regatas se tornaram mais técnicas devido ao alto nível dos tripulantes e ao investimento em equipamentos de ponta. Vamos ver se a classe repete o show na Semana de Vela de Ilhabela”, desejou Bochecha.

Em julho, a incluirá a segunda e última etapa do Brasileiro de C30 no litoral paulista. Medalha de bronze com o barco Brasil 1 na Volvo Volta ao Mundo 2005/2006, Bochecha manter-se-á à disposição da tripulação do Caballo Loco ao longo da temporada, para a eventual vaga de algum tripulante nas regatas em Ilhabela. “Estarei sempre a postos. Como um coringa”. A primeira etapa da 20ª Copa Suzuki – Circuito Ilhabela de Vela Oceânica – será aberta em 14 e 15 de março com sede no Yacht Club Ilhabela (YCI).

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