Como técnico, Robert Scheidt reforça equipe brasileira no mundial

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Robert Scheidt - Crédito: Fred Hoffmann/ CBVela

A Equipe Brasileira de Vela terá um reforço de peso no Mundial de Classes Olímpicas que começa esta semana, na Dinamarca. Robert Scheidt, dono de cinco medalhas em Jogos Olímpicos como atleta, vai atuar como técnico pela primeira vez, acompanhando o velejador Jorge Zarif, na classe Finn. As primeiras regatas da competição estão marcadas para a próxima quinta-feira, dia 2. Esta segunda-feira, dia 30, foi dia de medição dos barcos.

“Espero ser um facilitador desse processo, mais uma pessoa com experiência para ajudar o Jorge. Estou muito animado com essa primeira experiência como técnico em uma competição oficial e ainda por cima desse nível. Espero contribuir”, afirmou Robert Scheidt.

Os dois já trabalharam em alguns treinamentos da Finn antes de chegarem à Dinamarca. Robert é um dos maiores vencedores da história da vela, com 11 títulos mundiais na classe Laser (incluindo um de Vela Jovem), três na Star, duas medalhas olímpicas de ouro (Atlanta-1996 e Atenas-2004, na Laser), duas de prata (Sydney-2000, na Laser; e Pequim-2008, na Star) e uma de bronze (Londres-2012, na Star). Mesmo sem experiência prévia como treinador, tem conhecimento de sobra no esporte.

“No primeiro dia de treino que fizemos, ele já tinha visto todas as regatas da medalha dos últimos dois anos da classe Finn e observado pontos em que eu poderia evoluir”, descreve Jorge Zarif, antes de acrescentar: “O Robert técnico é igual ao Robert velejador e provavelmente igual ao Robert em qualquer profissão ou área da vida: extremamente dedicado, estudioso e meticuloso.”

Jorge Zarif vem de ótimos resultados na temporada 2018. Conquistou a medalha de ouro em duas competições na França — a etapa de Hyères da Copa do Mundo e a final da Copa do Mundo, em Marselha.

O Mundial de Classes Olímpicas tem uma importância adicional: estarão em jogo as primeiras vagas para os países nos Jogos Olímpicos de Tóquio, sendo oito na classe Finn (veja abaixo a distribuição completa das vagas).

Ao todo, o Brasil será representado por 24 velejadores na competição. Torben Grael, também dono de cinco medalhas olímpicas como velejador, é o coordenador técnico e chefe de equipe do Brasil. “Durante o campeonato, minha função ficará mais focada em identificar as condições da raia. Agora teremos mais dois olhos tentando identificar as condições de cada percurso, as características de cada um. Com isso, espero conseguir que o Jorge tenha um Mundial consistente. Vou sempre tentar fazer análises de risco e retorno para cada estratégia de regata e, assim, construir uma média dia a dia”, diz Robert.

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Jorge Zarif – Crédito: Richard Lagndon/ Sailing Energy

Entenda o Mundial de Classes Olímpicas

As regatas serão disputadas no período de 2 a 12 de agosto, na Baía de Aarhus. A competição reúne as dez classes do programa dos Jogos de Tóquio 2020: RS:X masculina, RS:X feminina, Laser, Laser Radial, Finn, 470 masculina, 470 feminina, 49er, 49er FX e Nacra 17. Além disso, haverá disputa também no kiteboard (feminino e masculino), como demonstração.

Disputado de quatro em quatro anos, o Mundial de Classes Olímpicas é o principal evento do calendário da World Sailing (Federação Internacional de Vela). A primeira edição foi realizada em 2003, em Cádiz, na Espanha.

Em Aarhus, além das medalhas do Mundial, estarão em jogo as primeiras vagas olímpicas da vela para os países nos Jogos de Tóquio-2020, de acordo com a seguinte distribuição:

Feminino

RS:X – 11 países

Laser Radial – 18 países

470 – 8 países

49er FX – 8 países

Masculino

RS:X – 10 países

Laser – 14 países

Finn – 8 países

470 – 8 países

49er – 8 países

Misto

Nacra 17 – 8 países

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