Mussulo 40 se prepara para a Cape2Rio 2020 com o baiano Leonardo Chicourel

Team Angola Cables Mussulo 40 encerra participação na Atlantic Cup-boatshopping

Com 35 anos de idade, o baiano Leonardo Chicourel se prepara para mais um desafio no mussulo 40: participar novamente da maior regata oceânica do atlântico sul, a Cape2Rio 2020. Com largada no dia 11 de janeiro, a regata irá percorrer 3.500 milhas em mar aberto, partindo de Cape Town (Cidade do Cabo) na África do Sul, e percorrendo o Atlântico em um período entre 18 e 20 dias até o Rio de Janeiro.

“A Cape2Rio é especial para mim, porque une dois continentes e duas das cidades mais bonitas e alegres do mundo: Cape Town e Rio de Janeiro”, reflete Leonardo Chicourel.

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O baiano é skipper do comandante angolano radicado no Brasil José Guilherme, no barco Mussulo 40- Team Angola Cables, que conta com patrocínio da empresa de telecom Angola Cables. A embarcação representará as duas nações irmãs: Angola e Brasil.

Para a dupla, a regata simboliza o projeto SACS (South Atlantic Cable System) que interliga os dois continentes via cabo submarino.

Team Angola Cables Mussulo 40 Caribbean 600 - boat shopping

É a terceira Cape2Rio que ele participa em dupla com José Guilherme. A primeira competição aconteceu na edição de 2014. Na segunda, durante a Cape2Rio 2017, o Mussulo 40 atravessou a linha de chegada do Iate Esporte Clube do Rio de Janeiro com tempo final de 16 dias, 14 horas 22 minutos e 12 segundos, estabelecendo recorde e recebendo o prêmio de primeira colocação na classe Doublehanded, além do quarto lugar na colocação geral.

A expectativa para esta prova é a quebra do recorde anterior. A dupla busca completar o trajeto em até 15 dias.  “Vamos levar mais experiência para a regata. Assim, se o tempo em alto mar ajudar, esperamos bater o recorde, mas, acima de tudo, velejar melhor”, pondera.

O profissional da vela já está a caminho de Capetown para a última etapa de treinamentos.  Ele destaca que o ponto de atenção da dupla, neste momento, é o preparo psicológico. “Condicionamento físico é importante, mas o grande desafio é a busca do equilíbrio psicológico. Estar preparado para enfrentar o ambiente hostil do oceano, com calor, frio, chuvas, além do cansaço, é o nosso principal foco”, explica.

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Velejar em um barco doublehanded tem um lado bom e ruim, segundo o profissional. O lado bom é que a navegação em dupla proporciona um melhor gerenciamento das tarefas quando comparado a outras modalidades náuticas, em barcos maiores e com mais tripulantes. O lado ruim é o revezamento constante das funções: enquanto um descansa, o outro assume o leme. Porém, quando surge uma manobra difícil, os dois precisam estar a postos. “Velejar em dupla é um desafio interessante porque temos que superar nossos próprios limites. Passamos muito tempo sozinhos no cockpit, trabalhando e velejando”, Explica

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