Audi YCSA Sailing Team competiu no Mundial da Alemanha com cinco, entre as dez duplas brasileiras da classe 420
São Paulo (SP) – O objetivo de preparar os futuros velejadores olímpicos do País, principal vocação do Yacht Club Santo Amaro (YCSA), foi atingido com o envio de cinco duplas do Audi YCSA Sailing Team ao Campeonato Mundial de 420, encerrado neste domingo (3) em Travemunde, na Alemanha. O tradicional clube da Represa Guarapiranga foi responsável por levar ao Lubecker Yacht Club, metade da flotilha brasileira composta por dez embarcações.
Durante cinco dias, 390 atletas de 27 países competiram a bordo de 195 veleiros, sendo 111 na categoria Open (masculina e mista) e 84 na Feminina. Os atuais campeões brasileiros da classe 420 na categoria Júnior, formaram a melhor dupla do YCSA no Mundial. Eric Belda e Rodrigo Dabus foram os únicos do clube paulista classificados para a flotilha ouro, que na fase final reuniu a metade mais bem colocada entre os 111 competidores, após a primeira fase do Mundial.
“Estamos muito felizes com a nossa participação e performance neste ano na Alemanha, onde velejamos contra duplas mais velhas e, consequentemente, mais experientes”, afirmou Rodrigo. “As condições não eram favoráveis às tripulações mais pesadas, como a nossa, mas conseguimos manter o nosso objetivo de entrar na flotilha ouro e obter os melhores resultados possíveis, sempre aplicando nas regatas o que pudemos aprender e treinar desde o início do ano, quando passamos a contar com a estrutura do Audi YCSA Sailing Team”, avaliou o velejador de 16 anos.
Além de Eric e Rodrigo (34º), também disputaram a flotilha ouro, Tiago Brito e Andrei Kneipp (26º), do Clube dos Jangadeiros (RS); Thiago Ribas e Philipp Rump (40º), do Veleiros do Sul (RS) e Leonardo Lombardi e Gabriel Alves (52º), do Clube Naval Charitas (RJ). Outras três duplas do YCSA, Gabriel Elstrodt e Philipp Essle; Isabele Caldeira e Marcelo Peek (mista) e Ricardo Paranhos e Alexander Essle, correram a fase final na flotilha prata.
Evolução feminina – As representantes do YCSA, Helena de Marchi e Elisa von Fritsch, assim como, Carolina e Franziska, do Iate Clube do Rio de Janeiro, Letícia e Mareana, do Iate Clube Brasileiro, de Niterói, também finalizaram o campeonato na flotilha prata. “O Brasil, com dez tripulações, superou as expectativas. Foi a maior delegação do País em Mundiais de 420. Mostra que a disputa pelas vagas brasileira para o Mundial de 2015 será ainda mais acirrada”, considerou o coordenador da Classe 420 para o Estado de São Paulo, Erik von Fritsch. Com 14 barcos, São Paulo possui a maior flotilha de 420 do País.
“O balanço é positivo, não apenas pelo número de embarcações, mas pelo desempenho. No torneio feminino, por exemplo, Helena e Elisa ficaram em 32º na flotilha prata, mas estavam apenas estreando em um Mundial. É isso que temos de ponderar. Houve um progresso geral”, argumentou Erik. “Agora é partir para o Sul-americano, em dezembro, em Porto Alegre, e depois pensar no Brasileiro em janeiro, em Ilhabela”. A competição do litoral norte paulista será seletiva para o próximo Mundial de 420, em meados de 2015, no Japão.
As veteranas Letícia e Mareana, atuais campeãs brasileiras, formaram a melhor dupla feminina do País, com o 19º lugar na flotilha prata. O último dia de regatas em Travemunde foi marcado pela condição climática desfavorável, com chuva forte e trovões. Os espanhóis Jose Manuel Ruiz e Fernando Davila levaram o ouro, enquanto as italianas Carlotta Omari e Francesca Russo Cirillo conquistaram o título feminino.
Yacht Club de Santo Amaro – Fundado em 1930, o YCSA consolidou-se ao longo de oito décadas como um celeiro de campeões da vela à margem da Represa de Guarapiranga, extremo sul de São Paulo. Conhecido também por Clube dos Alemães, devido à origem de seus fundadores, o YCSA sustenta como principal missão revelar os talentos para a vela brasileira. Campeões e medalhistas olímpicos, mundiais e pan-americanos como Robert Scheidt, Alex Welter, Cláudio Biekarck, Reinaldo Conrad, Peter Ficker, Gunar Ficker e Marcelo Batista elevaram o Brasil em suas conquistas nas principais competições mundiais.
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